segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Origens da Nacionalidade Portuguesa

Etapas Históricas referentes à Península Ibérica:

Desde o séc. XII AC
Vestígios de habitantes e viajantes como os fenícios, gregos, cartagineses, celtas
Grande miscigenação


Antes do séc. III AC
Referências romanas à Lusitânia e aos lusitanos


A partir do séc. III AC
Início da Romanização na Península Ibérica
Base latina do Português
Séc. II AC – apogeu de Roma: conquista da Grécia
A partir do séc. I – começo da decadência [emergência do Cristianismo]


300/400 DC
Invasões dos povos bárbaros (suevos e visigodos)
Aquisições vocabulares
Fragmentação da Penínsual em vários reinos (foedus)
Cristianização dos reis bárbaros: “monarquia visigótica”


A partir de 711 DC
Invasão dos Mouros (a partir do norte da África, acesso ao estreito de Gibraltar)
Aquisições vocabulares
Início da “Reconquista” (movimento dos cristãos pela retomada das terras conquistadas pelos mouros, iniciado nas montanhas asturianas, norte da Península) - 08 séculos de lutas entre cristãos e mouros (sob inúmeras lideranças)
Surgimento de vários reinos cristãos: Leão, Navarra, Aragão, Castela...
Último califado árabe na Península cai em 1492


Durante a “Reconquista”:
Em fins do século XI, o reino de Leão e Galiza era governado por D. Afonso VI, também rei de Castela, que, graças à conquista de terras aos mouros, funda o Condado Portucalense, às margens do rio Douro (o nome resulta da povoação Portus-Cale, grande porto comercial desde o tempo dos romanos).

Na luta contra os mouros, D. Afonso VI conta com a ajuda de dois bravos cristãos franceses: D. Raimundo de Borgonha e D. Henrique de Borgonha. Como recompensa, deu uma filha a cada um e a posse de terras. A D. Raimundo coube a filha legítima D. Urraca e as terras da Galiza. A D. Henrique coube o Condado Portucalense e a filha bastarda D. Tareja. Este casal passa a residir no castelo de Guimarães, onde nasce seu filho D. Afonso Henriques (em 1108 ou 1109).

D. Henrique de Borgonha morre em 1112 ou 1114. O jovem D. Afonso Henriques, descontente com o governo de D. Tareja, luta por tornar o Condado Portucalense independente de Castela, enfrentando a própria mãe (e os aliados castelhanos) na Batalha de S. Mamede (1128), da qual sai vitorioso. Torna-se então o 1° Rei de Portugal (embora só passe a usar o título a partir de 1139).

O jovem Rei dá continuidade ao combate aos mouros e amplia o território de Portugal. Em 1139 dá-se a Batalha de Ourique, entre portugueses e mouros, da qual, miraculosamente, Portugal sai vitorioso, ratificando sua independência (“Milagre de Ourique”, presente no brasão português)

A independência portuguesa só foi reconhecida em 1143, por Castela (reinando Afonso VII) e pelo Papa Inocêncio II (a quem D. Afonso Henriques presta vassalagem).

Com a morte de D. Afonso Henriques, sucedem-se no trono seus descendentes, que ampliam o território nacional até a conquista definitiva do Algarve, em 1249 (reinado de D. Afonso III).
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